segunda-feira, setembro 04, 2006

Gosto desta letra

Nem sei bem porquê, mas tem qualquer coisa de digno...

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro.

João Gil

6 Comentários:

Blogger Vanna comentou...

Boa noite. Q bom q gostou de me visitar e torcerei para q voltes.
Tb gostei da letra, já q gostaria q quando morrer as pessoas lembrem do quanto tentei ser feliz em vida e como é bom festejar.
Bjs, lindo dia e ótima semana.

2:56 da manhã  
Blogger Pierrot comentou...

Pois xanusca.
Há coisas escritas verdadeiramente espantosas e originais.
Deixa-me que te deixe aqui uma letra que traduzi:

Estes são os dias da minha vida


As vezes fico a pensar.
Regresso aos velhos tempos – há muito tempo atrás
Quando nós éramos crianças, quando éramos novos
Sabes, as coisas pareciam-me tão perfeitas
Os dias pareciam intermináveis e nós éramos tão doidos, tão novos
O sol brilhava sempre e nós vivíamos para nos divertirmos
Às vezes parece-me tarde, não sei.
O resto da minha vida tem sido apenas um show

Esses foram os dias das nossas vidas
As coisas más da vida pareciam-me tão poucas
Esses dias agora já são passado, mas uma coisa é verdade
Quando eu olho, e procuro, ainda te amo.

Tu não podes voltar atrás o relógio, não podes fazer regressar a maré
Não é uma pena
Eu gostava de voltar atrás por um momento, num raide relâmpago
Quando a vida era apenas um jogo
Não valia a pena sentar e pensar no que tu tinhas feito
Tu podes sonhar e aprecia-lo pelas tuas crianças
Às vezes parece-me tarde, não sei.
É melhor ficar quieto e deixar-me ir com a corrente

Porque estes são os dias da minha vida
Eles voaram na leveza do tempo
Esses dias agora já são passado, mas algumas coisas perduram
Quando eu olho, e não encontro mudanças.

Esses foram os dias das nossas vidas
As coisas más da vida pareciam-me tão poucas
Esses dias agora já são passado, mas uma coisa é verdade
Quando eu olho, e procuro, ainda te amo.


Queen – Innuendo (These are the days of my life)

Letra e música de Freddie Mercury, meses antes de morrer e quando já sabia que o vírus da SIDA lhe seria fatal.
É tristonha, eu sei, nostálgica até, mas linda...eu acho!
Bjos daqui e espero que gostes.
Eugénio

12:02 da tarde  
Blogger Bel comentou...

SIm é linda. Ja agora adorei o comentario do pierrot
jitos

9:41 da tarde  
Blogger rb comentou...

Permitam-me uma correcção: A letra não é original de João Gil. Trata-se dum excerto dum poema de Mario Sá Carneiro, poeta contemporâneo de Fernando Pessoa. O João Gil nessa altura nem nascido era.
Ele (mario sá-carneiro) é um dos meus poetas favoritos e esse poema também. Foi musicado pelos Trovante e talvez daí o facto de atribuirem a letra ao João Gil, que fazia parte dessa mítica banda portuguesa.
Parabéns pelo blog e bom ano!

5:00 da tarde  
Blogger Xanusca comentou...

Obrigada Ricardo. Para aprender estamos cá sempre!!

5:32 da tarde  
Blogger Abssinto comentou...

Mário de Sá Carneiro, "o esfinge gorda"...

Nas mesas dos cafés
Espero pela vida
Quem nunca vem ter comigo!

6:01 da tarde  

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