segunda-feira, julho 10, 2006

Momento sublime.

Saio do mar frio, lentamente. O corpo gelado aquece aos primeiros raios de sol, às primeiras baforadas de um vento quente, aconchegante. Deito-me na toalha, ainda trémulo. Entro no momento sublime em que a pele aquece ao sol, esboço um sorriso do prazer último, das coisas simples.

domingo, julho 02, 2006

Hoje de Manhã

Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...
Não sabia por caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.

Assim tem sido sempre a minha vida, e
assim quero que possa ser sempre —
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.


Alberto Caeiro